Uma das coisas que sempre pensei desde a época que estava cursando agronomia era como conseguir agregar valor em uma commoditie... Na faculdade ouve-se muito em diversificação de produção como ferramenta essencial para diluir o risco agrícola, integrar agroecossistemas e trazer maior segurança para o agricultor. Porém, nunca ninguem falava em agregar valor ao sistema atual dentro da realidade da maior fatia da agricultura brasileira, a produção de soja. Talvez como uma forma de diversificação dentro deste mesmo sistema produtivo...
Percebo que cada vez mais núcleos de produtores e consultores estão trabalhando para entrar em uma nova era da agricultura, além dos orgânicos. Algo muito maior, que envolva até mesmo blockchain
Quando vejo uma notícia como essa abaixo, fico pensando em como seria se a indústria falasse mais a respeiro nas feiras agrícolas, dias de campo ou palestra para agricultores. Claro, essa discussão dos orgânicos vai longe, e o ponto não é ideológico, mas se pensarmos que devemos ser cada vez mais resilientes, principalmente na agricultura, podemos crer que todo assunto novo deve ser discutido e conversado sobre dentro das empresas que mais movimentam recursos dentro do Agro.
Esa notício de abaixo é de alguns anos atrás, mas era difício de encontrar no google, por estar mal ranqueada. E pra deixar claro que acho completamente pejorativo o termo agrotóxico, ou então chamaremos um tylenol de toxilenol.
Esa notício de abaixo é de alguns anos atrás, mas era difício de encontrar no google, por estar mal ranqueada. E pra deixar claro que acho completamente pejorativo o termo agrotóxico, ou então chamaremos um tylenol de toxilenol.
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Maracaju se manteve como maior produtor estadual, com 842,376 mil t. Maior produtividade foi registrada em São Gabriel, 56 sacas por hectare.
Segundo a Instrução Normativa nº 7, de 17 de maio de 1999, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, um produto classificado como orgânico “é aquele em que se adotam tecnologias que otimizem o uso de recursos naturais e socioeconômicos, respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto-sustentação no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energias não renováveis e a eliminação do emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos, organismos geneticamente modificados – OGM/transgênicos ou radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção, armazenamento e de consumo, e, entre estes, privilegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a transparência em todos os estágios da produção e da transformação”.
Um bom exemplo da tecnologia utilizada na produção da soja orgânica é a aplicação de bactérias fixadoras de nitrogênio, visando à fixação biológica desse nutriente, com o objetivo de reduzir a sua utilização por meio de fertilizantes. Já existem produtos no mercado com essas bactérias, que podem ser empregados no cultivo orgânico.
Apesar do maior custo de produção se comparada à soja convencional, a produção de soja orgânica vem crescendo a cada ano. Praticamente, toda a produção brasileira é exportada para a Europa, devido ao maior poder aquisitivo da sua população e a falta da cultura nacional em consumir produtos orgânicos.
A soja orgânica ainda não é uma commodity, pois não segue as normas de comercialização da Bolsa de Chicago. Por se tratar de um produto com valor agregado e possuir uma boa demanda, seu preço tem se mantido em uma média de até 50% maior que o da soja convencional, o que gera bons resultados aos produtores, apesar do custo de produção ser cerca de 10% maior quando comparado ao cultivo tradicional.
A soja, tanto convencional como orgânica, é rica em proteínas, tornando-se muitas vezes uma alternativa a outros alimentos, proporcionando uma alimentação isenta de colesterol e gordura saturada. Assim, podem ser controladas: a obesidade, a incidência de acidentes cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes. Além dessas características, a soja orgânica apresenta a vantagem de ser cultivada sem agrotóxicos, sendo, portanto, um produto mais saudável.
Atualmente, os principais estados brasileiros produtores de soja orgânica são Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. Para ser considerado orgânico, o produto precisa do selo de garantia emitido por uma empresa certificadora. No Brasil, as principais certificadoras são o Instituto Biodinâmico, a Associação de Agricultura Orgânica e o Ecocert.
A produção de soja orgânica é geralmente praticada por pequenos produtores. Contudo esse é um setor que está cada vez mais atrativo, aumentando o nível tecnológico de cultivo empregado.
O produtor interessado em cultivar a soja orgânica deve antes procurar um engenheiro agrônomo, afim de que este o oriente quanto aos procedimentos a serem seguidos para o seu plantio, pois, para cultivar a soja orgânica, é preciso seguir algumas normas, ser certificada por órgãos competentes, pois do contrário, não pode ser vendida como um produto orgânico.
Fonte:
http://sindiorganico.com.br/2016/05/10/dez-municipios-concentram-mais-da-metade-da-producao-de-soja-de-ms/
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/04/dez-municipios-concentram-mais-da-metade-da-producao-de-soja-de-ms.html
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