March 12, 2020

O SOLO É UM ESTOMAGO


Existe uma boa analogia de que o solo é essencialmente o estômago da planta. É nele que a planta recebe seus nutrientes. Da mesma forma que um rúmen, o solo requer insumos como minerais, água e matéria orgânica na forma de resíduos, adubo ou compostos. E semelhante ao rúmen, o solo não pode fornecer nutrientes para o crescimento das plantas de forma muito eficiente, sem a ajuda de microorganismos. 

Em um sistema equilibrado e produtivo, para que os nutrientes sejam convertidos na forma que as raízes das plantas possam absorver, é necessário a presença de bactérias, fungos e outras formas de vida benéfica no solo. Uma exceção a isso é o atual sistema de agricultura em que os insumos solúveis são aplicados em uma forma prontamente disponível para as plantas, as vezes muito salinos ou esterelizantes para biota. 

No entanto, se você adicionar muitos nutrientes solúveis, é semelhante a alimentar uma vaca com grãos em excesso. Isso perturba o equilíbrio, ficando ambos plantas e solo desequilibrados, estressados e favorecendo o ataque de pragas e doenças. O solo precisa ser alimentado com um equilíbrio de minerais e matéria orgânica suficiente para manter ativa a vida do solo constantemente (Edaphon) e nutrientes disponíveis para o cultivo de plantas para que os microorganismos fiquem mais próximos das raízes. Por isso o tripé de plantas de cobertura diversificadas, aplicação de microorganismos solubilizadores e adubos menos salinos e mais minerais que se integrem com esse sistema.






Fonte:

The Biological Farming - Garry Zimmer, 2017

Humusphere - Herwing Pommeresche, 2019


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